Por um jogo, sejamos todos Palmeiras.
- joserobertomedeiro
- 8 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de abr.

Amanhã, o Palmeiras reencontra o Cerro Porteño após os covardes ataques racistas contra o jovem atleta Luighi. Desde então, vimos reações tímidas, respostas vergonhosas e até comentários racistas vindos do próprio presidente da Conmebol. Em meio a esse cenário de silêncio cúmplice e impunidade, Leila Pereira não recuou. Se impôs, denunciou, manteve suas exigências ativas. E vários clubes brasileiros responderam ao chamado, se manifestando juntos.
Mas ainda é pouco. O racismo não se combate apenas com notas oficiais. Precisamos de todos — dos clubes, dos jogadores, da imprensa, mas também das torcidas*. É hora de transformar a arquibancada em trincheira antirracista. Não há clássico, rivalidade ou provocação que se sustente diante da urgência de dar cartão vermelho ao racismo. Quem pratica racismo no estádio tem que sair de lá direto para a cadeia. Clubes omissos e reincidentes precisam ser punidos com rigor para que suas torcidas entendam que tudo tem consequência.
O racismo não é problema do Palmeiras, do Luighi ou da Leila. É um problema do Brasil (e que aqui dentro também tem que ser combatido com o meso afinco). E nessa luta, o antirracismo é maior que o clubismo.
Por isso, nos duelos contra o Cerro Porteño, sejamos todos Palmeiras. Porque quando um jogador negro é atacado, é toda a nossa história que é agredida. Quando um clube enfrenta o sistema, é toda a nossa dignidade que está em jogo.
Vamos mostrar que o Brasil está unido e firme na luta antirracista ao lado de Luighi, Leila e do Palmeiras. Vamos mostrar que aqui, quem grita contra o racismo não está sozinho, e construir, juntos, juntas e juntes, uma grande Unidade Nacional de Clubes, Torcidas e Torcedores para banir o racismo e os racistas do futebol!
Comments