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Belém do Pará: a casa do futebol nortista

  • Heverton
  • 2 de fev.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de abr.



Cidade da COP 30, rica pela diversidade culinária, pela cultura marajoara, pelo carimbó, aparelhagens espalhadas pelas ruas, as famosas lendas folclóricas como Matinta Pereira, Boto cor de rosa e afins, e pela cultura do Círio de Nazaré, a maior manifestação religiosa do mundo, unindo todas as religiões, apesar de ser organizado pela Igreja Católica.



Mosaicos de Paysandu e Remo antes da decisão do Parazão 2024


Mas, Belém é conhecida principalmente pelo futebol, especialmente pelo maior clássico mundial, estamos falando do RexPa, que toma as ruas da cidade e os torcedores. Muitos nordestinos falam que tem time para torcer principalmente para atacar a paixão nacional do Flamengo, mas os nortistas, especialmente os paraenses, também tem, além de Remo e Paysandu, vemos também muitos torcedores do Flamengo, Corinthians, Vasco, Palmeiras, Botafogo, São Paulo, Fluminense e muitos tomando as ruas em jogos do Brasileirão. Em Belém, ninguém liga para esse negócio de "torcida terceirizada" ou "torcedor misto", existem pessoas que torcem para Paysandu, Flamengo e Palmeiras por exemplo, nessa ordem. É piada? Sim, mas quem disse que os paraenses se importam com isso? Futebol é futebol e tá tudo certo.



Um torcedor do Botafogo e um do Flamengo em uma das balsas em direção à Belém


Belém recebe de braços abertos a Supercopa, recebe de braços abertos torcedores de Flamengo e Botafogo, que tomam a frente dos hotéis onde os dois times estão hospedados, tomam a frente dos Baenão e da Curuzu para tentar ver o treino dos dois times. Vários torcedores chegam de outros estados, seja na terra ou seja no mar, nas águas da Baía do Marajó, para ver os dois times em campo, pouco importa o tempo que demore. Apesar do descaso da CBF em inserir um valor absurdo nos ingressos, afastando o torcedor pobre, a torcida paraense mostra para essa confederação decadente, ao BAP e ao John Textor, que o torcedor de verdade não vive no tiktok, não mora no Leblon e nem nos bairros ricos de Belém como Umarizal e Souza, e sim, vêem de periferias, de outros municípios e das cidades do Marajó.





Por fim, que vença o melhor e esperamos que os dois times observem toda a festa montada nesse final de semana, tanto pelo Flamengo em sua maioria, como pelo Botafogo que mesmo em menor número, fez um baita esforço para estar em terras paraenses, e articulem para trazer mais jogos em Belém no próximo ano, mesmo que seja pelo Campeonato Carioca, mas que dessa vez seja mais acessível a todos os torcedores e a cidade já mostrou que tem potencial para receber jogos nacionais e até internacionais.


Sobre o autor


Heverton Rubens

Paraense de 24 anos, é Coordenador do Camisa 24 e do Orgulho Torcedor. Tecnólogo em Análise de Sistemas pela UNAMA, é torcedor do Flamengo desde 2009 e esteve afastado entre meados de 2020 a setembro de 2023, mas ainda acompanhando o time de longe. É integrante de uma das frentes democráticas do Flamengo, que lutam pela democracia, popularização e diversidade no esporte cujo nome não será citado, pois as opiniões expressas no Camisa 24 não representam nenhum partido, coletivo, entidade ou coisa do gênero. Representam apenas a opinião de quem as escreve, no caso, o nome citado ali.


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